mas será sempre maior que os oceanos
Sem tempo preciso, só precisa um segundo
Ampulheta eterna, agenda de mil planos
***
Cabe num aro anel, em alianças de sonho
Em corações traçados, num sorriso inesperado
Num tolo bordado em toalhas de banho
Num frasco da memória, perfume guardado
***
Encaixa-se numa pequena pétala de flor
Se faz pleno numa única palavra sugerida
Por não saber seu tamanho, o amor
Vai além do tempo e da própria vida
***
***
Controverso sentido, pequenino e imenso
Amedronta e, ainda assim, nos faz seguros
Senhor do mundo, afronta e cabe num verso
Cativo de si e detento, roga lindos agouros
***
Não há quem possa, portanto, lhe definir o tamanho
Ninguém lhe sabe o alcance, tampouco a sua verdade
Em todas as meninas dos olhos - está esse estranho
Brincando de ser universo - e sabendo-se eternidade
...
paulo moreira
3 comentários:
Acho que o amor é exatamente assim, como você o descreve: feito de pequenos grandes gestos, olhares, cheiros, palavras ditas ou lidas num olhar. Algo que nos inunda, nos transborda, nos completa.
Lindo demais seu poema.
Beijo super carinhoso
Como de costume, sua sensibilidade à flor da pele me emocionou... Sua simplicidade me calou fundo...
Mesmo sendo impossível definir algo tão complexo, vc consegue ir além, como que brincando com as palavras, ao mesmo tempo que remexe a nossa alma...
Maravilhoso!!!
Grande beijo,
Fá
Olá amigo.
O amor é como uma sementinha, que plantada dentro do coração, se torna tão necessário, como o ar que respiramos.
Boa semana com muita paz.
beijos amigo.
Regina Coeli.
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